MINHA BEBIDA AMARGA
A bebida que em embriagou,
Me consome noite e dia,
Mas eu nunca provei, e nem tomei-a,
Mesmo assim me abalou
Deixando-me numa terna crise de existência,
Enlouquecido pelo que nunca traguei.
Ah, quanto eu quero
Me abastecer deste ópio.
Viver alucinado,
Acabar com esse desespero
Me consumir neste vicio
Amar e ser amado.
Um viciado eu sou
Carente deste amor
Entregue a solidão
Pirando estou
Passando noites de terror
Amando em vão.