Veredas

Cansada, me sentei sob uma árvore e seus galhos me protegia do sol e da chuva.

Pela sombra da árvore eu passei a conhecer as suas formas, seguia suas raízes que adentrava a terra enquanto agradecia suas folhas pela proteção do sol, e me alegrei com as gotas de chuva que delas pendiam sendo devolvidas a Terra.

Percebi que, a arvore me protegia mas também me impedia de “sentir” o calor do sol, de me “purificar” nas águas e de “ver” o brilho da lua.

Me levantei e me expus ao calor, andei pelas águas para me purificar e fui inundada pela luz da lua, percebi que a árvore me protegia do sol... Mas também me impedia de vê-lo, me protegia da chuva... Mas impedia a pureza de senti la, e que sob sua proteção a luz da lua seria ficção.

Ao me expor, senti que sou a interação do vertical com o horizontal e que nasci neste ponto de intercessão.

Sou Terra, Água, Fogo e Ar.

Se quero raízes me faço Terra.

Se quero pureza me faço Água.

Se quero brilho, me faço Fogo.

Se quero luz me faço Ar.

Sou o redemoinho da vida,

Sou a roda que gira,

Sou um ponto de partida.

Sou a espiral que sobe e desce

Sou um ponto

E não um conto.

Buscadora
Enviado por Buscadora em 05/08/2007
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