Remar, Lidar e Seguir
Se assim agimos,
É porque um dia nos disseram que seria.
Dúvidas mesmo que afetivas, não comportam espaços,
Ainda mais se gerar vontades que não eram iguais.
Movimentos modificaram as margens,
Demonstrando novos cursos e gemidos.
Mas contra a maré dos sentidos é difícil navegar.
Quaisquer mudanças de rumo,
O que pode gerar?
Algo mudou, sim modificou,
Pelo menos codificou a vontade de esperar, de estar no mesmo lugar.
E talvez, reencontrar o que ficou,
Voltar no que ainda não passou.
Melhor que fazer é continuar, no mesmo lugar,
Estar, permanecer.
E pelo menos saber que a certeza acompanha,
Acomodar e desfrutar do que foi construído.
Pra criar atrito, mesmo que seja um gemido sentido,
Precisamos de certezas, de concretudes.
O instável já não comporta mais espaço,
Nem em pensamento...
Mesmo que tenha movimentado a incerteza e até gentileza,
Mas não pode servir de acalanto.
Incômodos. Pra que gerar falésias?
Pairar após o voo, é motivo pra contentar.
Segurança e incertezas foram expostas na mesa,
Momento belo, rumo sem prumo,
Remar, lidar e seguir.