Meu amor de perdição
Meu amor de perdição
mata de inveja o Camilo,
é a seiva do teu mamilo,
é a lava do teu vulcão.
Meu amor de perdição,
era o sonho de Teresa,
na alegria e na tristeza,
pelo sim ou pelo não.
Meu amor de perdição
era avidez do Castelo,
tão perdido quanto belo,
feito o amor de Simão.
Esse amor mundano e santo
desperta até Mariana,
na paixão que tanto ufana
Camilo Castelo Branco.
E esse amor de perdição
apetece até meu anjo.
Ele é sagrado, é profano,
é liberdade e prisão.