Meu amor de perdição

Meu amor de perdição

mata de inveja o Camilo,

é a seiva do teu mamilo,

é a lava do teu vulcão.

Meu amor de perdição,

era o sonho de Teresa,

na alegria e na tristeza,

pelo sim ou pelo não.

Meu amor de perdição

era avidez do Castelo,

tão perdido quanto belo,

feito o amor de Simão.

Esse amor mundano e santo

desperta até Mariana,

na paixão que tanto ufana

Camilo Castelo Branco.

E esse amor de perdição

apetece até meu anjo.

Ele é sagrado, é profano,

é liberdade e prisão.

José Freire Pontes
Enviado por José Freire Pontes em 29/05/2017
Reeditado em 29/05/2017
Código do texto: T6012664
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