Convulsões

Para minha bela donzela

Adentrando profundamente

Sua centrípeta sensibilidade;

Beijando, amiúde, os antros de onde vazam

Cálidas texturas em umidade.

Espero desvendar os mistérios da luxúria

Que se escondem ainda intocados

Na sublimação

De desejos não revelados.

Com um aperto firme no pescoço,

Reduzindo-lhe o fôlego,

Você se esperneia em desespero

Almejando o gozo sôfrego.

E a pele eriçada, no ritmo da respiração,

Destila fluido cristalino,

Na medida em que vai perdendo os sentidos

Num extasiante desatino.

(2017)

Marcell Diniz
Enviado por Marcell Diniz em 03/06/2017
Reeditado em 03/06/2017
Código do texto: T6016925
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