Desaponta
Na beira da estrada não vi nada
Na noite escura nem luz da lua
Em paredes tudo se esconde...

Procurando no tempo permaneço
O dia clareando não ilumina nada
Eu ainda só ao longo da estrada
Nas encruzilhada nada encontro

Linhas paralelas se perpetuam
Na longa noite nada é azul
Asas enormes e solitárias
Madrugada adentro se abrem

Nada é tão finito e infinito como o tido
Roxas verdes azuis cores desbotam
E a esse coração ferido desaponta...
Miriam Bilhó
Miriam Bilhó
Enviado por Miriam Bilhó em 30/06/2017
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