Retrato de Min'alma
RETRATO DE MINH’ALMA
Só Minh ‘alma sabe e sente,
Do quanto eu fui feliz.
E essa tristeza presente
Fui eu mesmo que a fiz.
Lá no fundo de Minh ‘alma,
Que na tristeza insiste,
Há solidão e pesar,
E um coração muito triste.
Sim, eu amei e fui amado.
De forma grandiosa e bela;
Hoje velho e cansado,
Morro de saudades dElla.
.
E só quem ama é que sente,
O amor d’outro coração,
As lembranças vindas à mente,
Provocando a solidão.
Quem dera, por toda a vida,
Alguém fosse amado assim.
Um amor sob medida,
Que eu perdi; e, enfim...
Sim eu choro, como não?
A saudade de quem eu amo.
Machuca o meu coração,
Dia a dia; ano após ano.
Dia sim, e dia não,
Alegro-me e fico triste,
Vem de lá do coração,
Que em amar ele insiste.
Então deixo acontecer,
Escuto o meu coração,
Que sonhos ele quer ter,
Para espantar a solidão.
Minha esperança morta,
É que me faz companhia.
Nada, nada me importa,
É assim; dia após dia.
Fica em paz AMOR meu,
A ti, NUNCA; a solidão.
E o sonho que se perdeu,
Repousa em meu coração.
(Farias Israel-fev/2017–SP)