Velho tamarindo

Ao passar ao largo da antiga escola

Diviso a silhueta da centenária árvore

A abrigar em sua frondosa copa

Os sonhos dos jovens de hoje

Como fizera com os do meu tempo

Nos anos de minha juventude

Sobrevivente de um passado distante

Imerso no território enevoado da velhice

Lembranças pululam em minha mente

Repasso desejos, esperanças, sonhos

Alguns realizados, outros nem tanto

Qual miragens desbotadas

Pelo perverso algoz chamado tempo

A velha árvore acende-me a saudade

Faz-me retornar ao princípio

onde tudo era antigamente

e o tempo não havia envelhecido

Faz-me lembrar das juras e promessas

feitas sob o abrigo de sua protetora sombra

e o melodioso farfalhar de sua acolhedora copa

Chico Tavora
Enviado por Chico Tavora em 05/07/2017
Código do texto: T6046757
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