Amor de Inverno

Naquele Inverno tardio

Salpicado de rigores

Ouvíamos o vento lá fora

Qual eco de novos amores

Enquanto a noite chegava

E a chuva lá fora caía

Olhámo-nos intensamente

Qual prenuncio de magia

Foi então que decidimos

As estrelas convidar

Para verem dois amantes

Em seu brilho se amar

Naquele lugar só nosso

Entre sombras prateadas

Crepitava uma lareira

De chamas alaranjadas

Por entre estrelas e fogo

O amor então consumimos

Em ritmos suaves e rápidos

Nossos corpos possuímos

E vivendo cada segundo

Como do último se tratasse

Não me lembro de ninguém

Que nessa noite mais amasse