EU AINDA TE AMO!

Meus versos ecoam na madrugada,
Sangram, sofrem e choram...
Viajam numa exaustiva jornada,
E ao teu amor, lacônicos, imploram!

Transformam-se em estrelas cadentes,
E iluminam a gélida noite escura,
São pequenos órfãos, inocentes,
Que vivem insensatos a tua procura...

E dispersos, inquietos, cortam a noite,
Reunindo-se, para logo em seguida,
Transformarem-se num cruel açoite,
Ao relembrar a nossa triste despedida!

Retornam, exaustos, à luz da manhã,
Encontram-me em doloroso pranto,
Peço um conselho, fico nesse afã,
Já que de amor entendem tanto!