AUSÊNCIA

E saberão que choro a tua ausência...

Talvez se pudesses ouvir

as notas tristes deste violino desafinado

que ecoa na solidão do meu peito.

talvez... Conseguisses entender

o que não consigo te explicar...

ah! Minha bela se soubesses

que enquanto essa brisa gelada

molha os nossos rostos

eu tenho vontade de fugir,

fugir da tua bela e encantadora presença

pois sei que mais tarde

quando sozinho eu estiver

em meu frio e escuro leito sonharei contigo,

contigo e com os teu vestido floridos

que mais me lembram a primavera

- a azul, doce e cheirosa primavera.

Não me olhes assim! Não me olhes,

pois eu sei que muito em breve

quando distante estiveres

todas as coisas belas insistirão

em lembrar-me que existe

e que estas longe de mim...

Roberto Santos
Enviado por Roberto Santos em 13/08/2007
Reeditado em 14/08/2007
Código do texto: T605415