Nuvens

Eu amo amar nuvens.

Tão volúveis, tão imprevisíveis!

Quem assegura, sem ressalvas,

Que choverá amanhã?

Eu amo amar nuvens.

Tão voláteis, tão indisponíveis!

Quem poderia lhe delimita-la

Em padrões, ou caixinhas?

Ora tempestade, ora temperança.

Ora calamidade, ora bonança.

Oh! Nuvem, não fique acanhada.

Sou leal em minha admiração!

Tu adquire qualquer formato,

menina, mulher, homem, o que couber.

Tão livre, solta e fugaz ao som dos ventos,

A sua voz é mel no meio do tormento!

Às vezes, eu me assusto,

Outras tantas, acho que não te agrado.

Seria irreal me apegar ao intocável?

Guardo-te no empório do inesperado.

Eu sou chão e você flutua.

É uma pena minha nuvem,

Tu apenas gostaste de nuvens,

Assim como você.

Elizabete Araújo
Enviado por Elizabete Araújo em 16/07/2017
Código do texto: T6055851
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