Insônia

Insônia

Em insônia

a noite enluarada,

o desejo vasto,

o amor velado.

Nas asas do vento, voando

a alma em tempestade

ansiando calma.

Na madrugada fria,

o desejo é companhia,

o anseio pelas

manhãs assoviadas.

o cheiro de um tempo novo.

A noite atravessa em sua imensidão

de estrelas Dalvas

tecendo vazios

na alma desejosa de um beijo

a paixão de flores bordada.

Na asa do tempo,

em paz crisálida,

A alma em sonho.

Tecem-se as manhãs

assoviadas de vento,

o canto dos pássaros à janela

envolvendo a mente, o corpo,

a lhe amanhecer por dentro.

E com utopias recria o mundo,

enquanto em insônia deixa-se a realidade.

Todo dia vive esse amor platônico na alma

sonhando acordada.

Vive a poesia da madrugada!

Paula Belmino

Paula Belmino