Enya e Brigit
 
Sou um filho da floresta,
Não da floresta de agora,
Mas, onde, se festejava, outrora,
A brilhante luz do verão...
Lá, quem imperava, era Enya,
Deusa do amor e fertilidade,
Que dos Celtas, sem maldade,
Glorificava o amor de um pagão...
Nasci, nas brumas antigas,
Onde, cantando cantigas,
A gente fazia amor.
Amor puro, sem preconceito,
E cada um, do seu jeito,
À Deusa, agradecia...
Foi assim, que Brigit ensinou,
E quem aprendeu, muito amou,
E fez, do amor, poesia...
Era um amor sem ciúme,
Porque, assim, era o costume,
Amor de pura idolatria,
Onde a mulher, era sagrada,
Era deusa, era amada,
Fonte imortal da poesia!