O MEU AMOR
O meu amor é um veterano de guerra
Que nunca ganhou troço algum
Se não cicatrizes
Mas admira cada uma delas
Com enorme prazer e orgulho
E em noites de lua cheia
Reabre antigas feridas
Com um caniço enferrujado.
O meu amor é um troço masoquista
Que quer me matar
Me colocar algemas
Uma camisa de força
E tatuar na minha testa em letras garrafais
“LOUCO”.
O meu amor é uma rosa
Esconde no adocicado perfume
E no vermelho intenso das pétalas
Todo o caos que é capaz um coração apaixonado
Os espinhos eu guardo para mim mesmo
E é isso o que me mata
(Me mata de prazer)