AZUL SAFIRA

Ávido de alumbramento,

Procuro pelo céu aberto

O azul safira do olhar de Milena;

Pálido de desalento,

Descubro que no céu coberto

Pelas alvas nuvens passageiras

O manto azul não imita a cor serena

Que a luz natural reflete da safira;

Cálido de sentimento,

O coração arde nas fogueiras

Do amor não correspondido,

Nas águas turvadas da saudade

Amarguradamente resignado se atira,

E do adorável romance jamais vivido,

Sem história feliz marcada no passado,

Nem mesmo um memorável instante,

Vive diariamente a cinzenta realidade

De quem se sabe amante,

Sabendo que não é amado.

Carlos Henrique Pereira Maia
Enviado por Carlos Henrique Pereira Maia em 10/09/2017
Reeditado em 11/09/2017
Código do texto: T6110325
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