Wenig Naiv

Oh querida, não se iluda.

Você, escrava da vaidade, refém das aparências.

Oh, você! Não desperdiças tua graça.

Pois teus olhos já são o suficiente.

Minha querida, digo-te com gentileza:

Não é em tuas roupas que carregas a tua beleza

Chegas a ser ingênua quando fala deste jeito.

Percebo o desespero quando olhas para mim.

Mas permita-me mostrar-te o que há de valoroso em ti.

É o abismo em teus olhos vertiginosos que deixa-me arrepiado.

É a gentileza de teu toque que faz-me estremecer.

É a pureza em teu semblante, que às vezes me engana.

É a perversidade em torturar-me, que tanto me encanta.

Rafael Gonçalves
Enviado por Rafael Gonçalves em 19/09/2017
Código do texto: T6119223
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