Canção de Incentezas
Nos passos areia, à pele o gelo
da brisa que enfeita de sangue o meu beijo.
De sal, pesadelo que o olhar semeia.
Escorre a esmo, como corre freia
e mesmo que eu queira, resguardo, espreito
de amor ao respei-tudo morre e me deixa.
Mas me deixa inteira num triste relento,
exposta aos meus medos, da morte à beira
pois há em meu peito, o que me permeia,
a vontade queixa o amor que eu esqueço.
Coração, repreenda os meus olhos cheios,
e todos os beijos que à mente apareça;
Emoções alheias de apenas desejos
não são verdadeiros se Daqui não venha.
Por favor, não queiras o que de outro veio,
não queira fraquezas, amor de outro herdeiro,
pois há muito creio não ter incertezas.