Minha jabuticaba

Dói-me te ver doer,

Minha jabuticaba.

Tão excelsa, tão alta,

Mas, envergada.

Parece aquela dor,

A dor de ser amada.

Mas, precisa ser assim?

Minha jabuticaba.

Sua terra é sempre úmida,

Fértil, sábia e rara.

Não deixe que te colham,

Se não a podem regá-la.

Tu há de florescer,

Não importa a geada.

São as lágrimas que deixam

A semente germinada.

Eu não preciso saber,

De toda a colheita para admirá-la.

Eu só necessito te ver,

Podada e cuidada.

Lembre-se, a tristeza é passageira,

Só vem de safra em safra.

Pois ninguém há de tirar,

O brilho da jabuticaba.

Elizabete Araújo
Enviado por Elizabete Araújo em 17/10/2017
Código do texto: T6144839
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