A tez íntima da alma

Não verás na minha face e expressão

a tez que o véu de teus olhos procuram

Não verás nos meus olhos

o brio fascínio dilatando sonhos entre os descaminhos

Não verás nas minhas atitudes

a glória desnuda das noites mal dormidas

onde verte na alma acordada a espontânea poesia

Não verás no meu livro de sombras

a luz das palavras eternas, cristais silenciosos...

Nada verás em mim se buscares o outro apenas

e não olhares com o coração

para todas as outras coisas da vida

porque a beleza do inesperado

vem de tudo que está ao meu redor

e, de dentro de mim, vem o teu alcance aos olhos da alma...

Marco Túlio Schmitt Coutinho
Enviado por Marco Túlio Schmitt Coutinho em 20/10/2005
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