Nebulosa

Que mundo fútil, sutilmente belo, são os olhos

encaixando-se brutalmente na paisagem

e profundos, profundamente infiltrados

n'alma seca e pobre que apaixona.

Duas galáxias quase gêmeas, os olhares

de braços frágeis, mas de luz imensa

disfarçados entre todas as estrelas em seu rosto,

mas que em seu eixo explode e ferve de energia intensa.

Em vão então a mente, que é universo, tenta esconder

o que o brilho de seus olhos jamais deixou de dizer,

e que segue a constelação de sardas nos pômulos teus

num zodíaco de amor, entre a Terra e Deus

Que sente, o Sol, em teu coração

o calor que reflete da Terra, solo meu,

de paixão cósmica infinita, iluminado de radiação

do amor d'outra vida que pulsa, entre o meu e o teu.

E tudo isso de nós dois pouco diz,

pois o que vem dos deuses a tudo transcende

e do céu ao inferno reluz,

o que somente o coração sente.

O que somente a alma deduz.

Lucas Häkkan
Enviado por Lucas Häkkan em 13/11/2017
Código do texto: T6170760
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