" Uma Fantasia "

A tarde era qual um favo de mel,

Amarelo, flamejante, causava vertigens,

Só éramos nós, mais o som do pincel,

A pincelar, minhas fantasias virgens.

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Comecei então, a fantasiar contigo,

Num campo de searas, a crepitar,

Surgiste por entre as vagens de trigo,

Como uma semente a querer desabrochar.

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Com a tua fragilidade e candura,

Quase impossível de imaginar...

Meu coração abriu-se em loucura,

Só para tu poderes entrar.

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Dei-te uma flor, que colhi dos montes,

Para colorir, teus olhos belos,

Fiquei perdido em horizontes,

Quase tocava nos castelos.

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Não parei de fantasiar...meu Deus!!

Era tudo tão encantado...

Que ao tocar-te, com os dedos meus,

Parecia não ter fantasiado.

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Eras tão real, em minha mente perdida...

Pelos montes a ver-te brotar,

Que plantei-te na minha vida,

Para sempre te poder tocar.

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Cristina Ivens Duarte-20/11/2017

Cristina Ivens Duarte
Enviado por Cristina Ivens Duarte em 20/11/2017
Reeditado em 20/11/2017
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