Lâmpada da minha vida

Luz da minha vida, querida,

Que quando nova brilhavas,

E com incansável ardor realizavas,

Consumindo o perfume do teu óleo,

Mesmo que ainda um tanto bruto,

Tua disposição honesta te consumia,

Viver o momento, queimando, queimando,

Tua luz alumiou nossos caminhos,

Bastava aquela luz tênue, mas constante,

Para afastar as trevas desta vida,

Quando te trouxe ao meu lado,

Não entendia bem a tua luz,

Mas agora, que teu óleo se esgota,

E enegrecida pela queima de si mesma,

Assombra-me as sombras que agora surgem,

E que antes tua luz de mim afastava,

Ò companheira de vida e luz,

Por quantos caminhos de trevas andei,

E graças a tua luz me guiei,

Não será agora que teu óleo se acaba,

Desocuparei me de ti,

Afinal, percorremos um longo caminho,

E ei de lustrar tua face esfumaçada,

Como reconhecimento de teu sacrifício,

Pois no lugar do óleo que tu queimaste,

Preencherei este vazio com meu amor,

Não vou arrumar uma lâmpada nova,

Meus velhos olhos não poderiam enxergar,

O caminho que começamos juntos,

Juntos vamos terminar.

Geraldo Faria
Enviado por Geraldo Faria em 01/12/2017
Código do texto: T6187517
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