HARPA SILENTE

Com palavras ternas de amor

Ressurge no meu caminho

O ícone saudoso do amor

Sem o sabor do nosso vinho.

Ah...Perdidas luas sem teu carinho

[Harpa silente dos versos meus]

Somos dois sem ter um ninho

Depois daquele sentido adeus.

Ronda-me a flor da saudade

Que eleva o amor ao infinito

Entre pétalas da realidade

O sonho de um tempo bonito.

És ponte entre céus e terras

Ao portal do amor cativante

Passo à passo em mim descerras

Poesias de um coração amante.

Vilma Orzari Piva

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Agradeço ao Poeta Fernando Cunha Lima pela linda interação.

TÁCITO JEITO RUMOROSO

Cordas do coração silencioso,

Como fossem harpas tão silentes,

Mudas, caladas e indiferentes,

No peito mudo de tempo amoroso.

Em tácito ruído desditoso,

Recôndito, secreto e ausente

Que replantou na cor sua semente,

De um jeito então, não rumoroso.

Perante este som tão sossegado,

O próprio coração apaixonado,

Se guarda em local bem mais tranquilo

O ícone saudoso do amor,

Cala para esconder a sua dor,

Pedindo que a paixão faça sigilo.

Fernando cunha lima.

07-02-18.