Onde quer que esteja a vida

Os paralelos se cruzaram, as antíteses deram as mãos!

Exaltados foram os contraditórios, inebriados os filhos da razão!

Em teus sorrisos e olhares, dança o universo em apogeu

Em teu toque, a divindade e o paraíso de um ateu!

Às mais belas palavras endereço meu apelo:

Erijam junto a mim apologia aos dois nobres amantes!

Que ousadia tal traduza o quão sublime é este elemento

Perfeita simetria em gestos tão dessemelhantes!

Se do meu peito faço alvo e no meu ato me acompanhas

Conjugamos nós no singular, somos autores de façanhas

De nossa soma, eis o uno! De nosso elo, a amplitude!

Gratidão envolta em ti - em teus braços, completude

Quando, distante, vestem os dias trajes de séculos tantos

E que, ainda que presente, no presente saudade há

São incontáveis provas de que servo sou de teus encantos

E onde quer que esteja a vida, hei de continuar com ti no ar

[Para Marina, minha vida]

Diego Ramalho
Enviado por Diego Ramalho em 27/08/2007
Reeditado em 27/08/2007
Código do texto: T626611