A viagem sossegada e irreverente...
Noite nua…
Horizontes não interditos…
Horas inconstantes…
Entre os teus gestos e os meus
Recolhi e carinhei uma andorinha
Perversa…
E tudo depende do que,
Durando a lembrança, dormindo a criança, e fumando o abismo,
A vida me mostrar em indecisa e felina bruma
Se atinjo, ou se apenas ouso procurar a VERDADE…
E quando recolher a rosa que não houver,
Quererei um pretexto para que a alma não seja imensa…
(DIONÍSIO VILA MAIOR, in "Cântico Atlante", Coimbra, Pé de Página Editores)