PÁLIO DE ERAS.

Eis-me

que em tão súbito traço,

derramam-se rios de afetos.

Venho a ti cálido e bordado

nos sinceros alinhos que fiz

destas cores de abril.

Preso a mim trago o Outro,

que ao teu nome incandesce de súbito.

O mouro em prumo

impávido à guerra

e que espera,

àquela e igual nunca se ergueu...

Perdoa?

É a pressa quem rouba o sinete.

E bruto deseja ungir-se,

um tanto arqueado e lustroso,

enterrar-se entre as bordas macias,

rosáceas a gozo e à dor.

Parte de mim é tão canto...

ouve a marcha sublime, essa turba em teu corpo?

Pode vingar-se por unhas e dentes,

e enquanto tremes, adestro-te aos sustos.

Ela é tão insolente... contorce!

Ele, tão inclemente... contém.

Eu sei...é grande este corpo... e todo em teu corpo...refém!

Bacante à tua boca ladina...

tão rebelde,

que estremece elegante,

vultoso...retorna d'leite

sorvido à sede do céu...

Apostador
Enviado por Apostador em 11/04/2018
Reeditado em 14/04/2018
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