PÁLIO DE ERAS.
Eis-me
que em tão súbito traço,
derramam-se rios de afetos.
Venho a ti cálido e bordado
nos sinceros alinhos que fiz
destas cores de abril.
Preso a mim trago o Outro,
que ao teu nome incandesce de súbito.
O mouro em prumo
impávido à guerra
e que espera,
àquela e igual nunca se ergueu...
Perdoa?
É a pressa quem rouba o sinete.
E bruto deseja ungir-se,
um tanto arqueado e lustroso,
enterrar-se entre as bordas macias,
rosáceas a gozo e à dor.
Parte de mim é tão canto...
ouve a marcha sublime, essa turba em teu corpo?
Pode vingar-se por unhas e dentes,
e enquanto tremes, adestro-te aos sustos.
Ela é tão insolente... contorce!
Ele, tão inclemente... contém.
Eu sei...é grande este corpo... e todo em teu corpo...refém!
Bacante à tua boca ladina...
tão rebelde,
que estremece elegante,
vultoso...retorna d'leite
sorvido à sede do céu...