Outono.

Perdoa se te escrevo um tanto assim

amarrotado de vestes

sem gênio

violando feito o tempo a costa irlandesa.

Perdoa.

mas te garro e te abraço

qual musgo em pedra

mesmo ausência em teu corpo

rogo à ti

sinta-me

porquê de vento te abraço

Deixei-me ir em você

em cada ponte

cada céu

Tudo aqui é

outono

que primavera

em você.

Apostador
Enviado por Apostador em 12/04/2018
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