Outono.
Perdoa se te escrevo um tanto assim
amarrotado de vestes
sem gênio
violando feito o tempo a costa irlandesa.
Perdoa.
mas te garro e te abraço
qual musgo em pedra
mesmo ausência em teu corpo
rogo à ti
sinta-me
porquê de vento te abraço
Deixei-me ir em você
em cada ponte
cada céu
Tudo aqui é
outono
que primavera
em você.