UM CAVALO CHAMADO TEMPO

Logo eu que não tinha vocação, tampouco dom em meu coração,

Para que pudesse renascer a cada manhã feito fênix,

Então perdia coisas no vento e no caminho desgastava meu tênis,

E a felicidade era instante como rosa que desabrocha no inverno,

E na primeira madrugada queimava suas pétalas congelando no orvalho.

Logo eu que não tinha vocação para ser perfeito, tampouco motivo para continuar,

Os sonhos se afastavam em um cavalo chamado tempo, e eu manco seguia atrás,

Então respirava profundo e mesmo assim me fugia o ar,

E a felicidade era um menino que feliz recolheu uma rosa,

E descuidado, por um espinho, seu dedo furado começa a sangrar.

Logo eu que construí paredes e mil portas para fechar,

E as chaves perdidas propositalmente, sem ninguém para as encontrar,

Então contrariava minha própria mente, desejando te encontrar,

E a felicidade era horizonte distante, do outro lado de um longo mar,

E meu barco pequeno tremendo ao vento, seguia para algum lugar.

Distanciando da praia ao vento,

As ondas não paravam de quebrar,

E entre mil tempestades,

Eu pude encontrar.

E agora o longo caminho são lembranças que não podem assustar,

E mesmo sem vocação para ser fênix, aprendi a recomeçar,

E se precisasse enfrentar tudo de novo,

Não hesitaria em voltar, só para ao final eu te encontrar.

Logo eu que não tinha vocação, tampouco dom em meu coração,

Os sonhos se afastavam em um cavalo chamado tempo, e eu manco seguia atrás,

Então contrariava minha própria mente, desejando te encontrar,

E como um sonho que nunca foi sonhado,

Você surpreendeu minhas teorias, ensinando o que é amar.