Doce incompreensão do que tu és
Se alguém fosse mar
te entenderia com um abraço
forte e outro de ondina,
sem tempo de entender
o que imagina leria o mar
dos olhos teus onde haveria
ondas de ir e vir também
na tua língua, e o sol
com seu mormaço se deitaria
muito mais solene
enquanto a lua sai
da que antes mingua,
até que a noite enfim
o mar todo serene
e o sol das tuas curvas
ainda assim mais brilhe,
em mar sem direção
onde nunca há trilha
esperas que em teu corpo
duas mãos a trilhe,
e é boa essa viagem
onde pensamento é
mistério não mistério
que é mistério em gozo,
momento em que se és
o violino serei o oboé!
Se alguém fosse mar
te entenderia com um abraço
forte e outro de ondina,
sem tempo de entender
o que imagina leria o mar
dos olhos teus onde haveria
ondas de ir e vir também
na tua língua, e o sol
com seu mormaço se deitaria
muito mais solene
enquanto a lua sai
da que antes mingua,
até que a noite enfim
o mar todo serene
e o sol das tuas curvas
ainda assim mais brilhe,
em mar sem direção
onde nunca há trilha
esperas que em teu corpo
duas mãos a trilhe,
e é boa essa viagem
onde pensamento é
mistério não mistério
que é mistério em gozo,
momento em que se és
o violino serei o oboé!