O POETA DESOLADO

A minha tristeza se faz só

Perdida em algum copo de bebida

Diluída na fumaça do cigarro

Em qualquer bar de esquina

Nas moças em que eu reparo

Há aquelas que confundo com você

São altas horas e muitos goles

Bebe desolado o menestrel

Que já não chora

Porque a dor o embruteceu.

Não sabe se está morto, ou se está vivo

Pois o mundo dele esqueceu

E bebe outro gole o poeta.

Mais um cigarro queima entre os dedos

Entre todas que passam,

Nenhuma lhe enxerga.

Estão todas pintadas

Sem motivo para amar

E sem tempo para parar

Toca outra canção

Ali no bar ninguém tem compromisso

É o lugar onde o amor é omisso

Sem tempo para entrar no coração

Ninguém vai lhe escutar

Nem nos seus olhos olhar

São todos solitários

Sem motivos para amar

Existe amor monetários

Para que ousar comprar.

Mas para o poeta só o amor

Ou a solidão esquecida

Em um copo de bebida,

E diluída na fumaça do seu cigarro

No bar onde ninguém lhe ver.

Ricarlosmelo
Enviado por Ricarlosmelo em 12/05/2018
Código do texto: T6334677
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