Sobre o amor
Para o amor, não tem esperto
Não tem malandro, nem malandra
Qualquer um pode dançar ciranda
E ver o anel de vidro de perto.
Mesmo muitos de intelecto
Mais elevados que o meu
Foram surpreendidos no seu
Espaço, tão calmo, tão quieto.
E o que é de fazer eu, que sou pequeno?
Enquanto até as cobras e seu mortal veneno
Não conseguem paralisar o que já está correndo.
E eu que sou mais como um mosca
Tenho em mim, está ideia tosca
De que estou, por dentro, apodrecendo.