Cigana

Não me queira como tua.

Sou como estrela...

Comando a lua,

cavalgo nos olhos de ogum.

Resido em todas as noites,

moro em lugar algum.

Sou filha do vento e do sol.

Vivo em todos os olhos

mas, ninguém me vê.

Mato a sede do céu, pelos poros,

venho de todas as eras...

Podes me reconhecer?

Cigana desta vida,

carta unânime...

Hora aqui, hora lá

carrego nas linhas de minhas mãos,

meu destino, estrada íngreme.

Podes me encontrar?

Se insistires,

se, de todo encanto for,

podes ser meu amor.

Cabe á ti, que eu deixe de ser beija-flor!

Decifra-me, sem pudor,

colha o doce das auroras,

traga ramalhetes de flores orvalhadas.

Diga que sempre me amou...

Pinte de arco-íris, minha dor!

naluz
Enviado por naluz em 20/07/2018
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