A VOZ DO TEU SILÊNCIO
O teu cheiro, ou melhor
Tua catinga
Exala pela sala, se instala
E fala
A voz do teu silêncio
O teu cheiro, ou melhor
Tua catinga
Irrita minha pele de aninga
Reanima as restingas do cerrado
As caatingas do deserto, perto
Da memória
Há cheiro de chicória
E o nato cheiro do teu mato
Em meu olfato
De fato é
O cheiro bom de quem-me-quer.