Pela avenida do bairro
vi essa moça passar.
A moça que passa,
nas hélices de meu ventilador.
Passa e muito me encanta,
como horas e dias...
Nas pás desse circulador.
Eu estranho de mim, ainda,
fui consumido por esse calor.
Tão estranho, não se finda
a consumir-me sem clamor.
Mas, a moça se foi!
Sem conhecer meu amor,
seu rosto sequer vi.
Mas posso, devo jurar
era a coisa mais linda,
a beleza em seu primor.


                             17/07/18