Ao tempo

Senhor das horas

e das falsas promessas

em que água bebeste

pra ser tão cruel e impiedoso

Sei que perdeste o brilho

a anos atrás

mas nada posso fazer

se foi a mim que ela escolheu

Não se sinta assim

afinal sou um pobre mortal

e tu?

É filho de Deus

talvez seja o próprio Deus

disfarçado em um relógio a contar

Mas me diga

que mal tem eu em amá-la?

Então por que sempre queres

que ela sempre lembre de ti?

A cada hora

a cada instante

ela o olha

a pensar no quanto resta

Mas não me importo

afinal ela olha pra ti

e conta horas

sempre a lembrar

Mas não é de você

és de mim seu escravo

pois mesmo daqui de baixo

sou amigo das horas

que talvez não me obedeça

mas compadeça

pra que por alguns instantes

possa ter

o que você nunca terá...

Lucas Borges
Enviado por Lucas Borges em 12/09/2007
Reeditado em 13/09/2007
Código do texto: T649887
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