Ao tempo
Senhor das horas
e das falsas promessas
em que água bebeste
pra ser tão cruel e impiedoso
Sei que perdeste o brilho
a anos atrás
mas nada posso fazer
se foi a mim que ela escolheu
Não se sinta assim
afinal sou um pobre mortal
e tu?
É filho de Deus
talvez seja o próprio Deus
disfarçado em um relógio a contar
Mas me diga
que mal tem eu em amá-la?
Então por que sempre queres
que ela sempre lembre de ti?
A cada hora
a cada instante
ela o olha
a pensar no quanto resta
Mas não me importo
afinal ela olha pra ti
e conta horas
sempre a lembrar
Mas não é de você
és de mim seu escravo
pois mesmo daqui de baixo
sou amigo das horas
que talvez não me obedeça
mas compadeça
pra que por alguns instantes
possa ter
o que você nunca terá...