Amor é Ilusão...

Amar é escolha.
Ser amado, loteria.
Amamos mais ao estômago,
ou a figura do outro lado do espelho,
que alguém que nos aparece na vida.

Não duvido que mães amem filhos,
mas até quando vai esse amor?

Não há a mãe que mata,
maltrata,
abandona?

Não há o filho que bate,
arruína,
agride e
trucida?

Há de tudo no mundo,
até o amor de verdade.

Mas quando sabemos que amamos a alma e não a carne
que cobre o espírito eterno?

Seu amor é ilusão?
Fruto de uma paixão?

Ou é o amor que é cego para as impefeições do outro?

Seu amor é uma doença
ou é uma cura?

E você,
mendiga o amor de alguém,
ou distribui o amo sem ver a quem?

Se teu amor te arruína,
te faz sofrer,
te faz chorar,
te faz se perder,
não é amor,
é ruína!

Se teu amor te engrandece,
te alegre,
te enobrece,
supera tudo,
todos,
o tempo,
a distância,
o limite das eras,
as imposições da vaidade,
e o próprio fim da carne,
então,
não é paixão.

Para deixar de ser ilusão,
precisa o amor
situar-se no peito
de quem ama como uma
luz que somente entrega,
que nada exige,
que nada cobra,
que impõe respeito,
adimiração,
retidão
e,
mais que tudo,
aponta ao outro a salvação.

Se sair do amor do mundo,
do amor que cobra,
indo ao amor que doa,
sairá da ilusão
à realização.

Amar é uma escolha,
doar uma meta,
e esperar receber é uma ilusão!