RITOS DE AMOR E MORTE

Se não digo, calo!

E alimento a vida dos que nada têm a dizer.

Inércia, anti-desejo, morte.

O dia amanheceu com uma imensa vontade de fazer a barba

e sentir a fria navalha pintar o rubro sangue no rosto.

Pulsa o coração nos pulsos,

explode e grita ao mundo o que quer dizer.

Sem razão para se fazer existir

E deixar o fluxo menstrual

lavar a alma dos hipócritas

e sangrar, sangrar, sangrar

até preencher os vazios.

E o amor?

Talvez esteja (in)contido na morte.

Eron Villar
Enviado por Eron Villar em 14/09/2007
Código do texto: T651611
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