As mãos

Essas que te caçam e migram

Com ternura pela tua pele-seda nua.

Essas garças que se doam de graça

E fazem com que tuas águas fluam.

Essas peregrinas mãos acorrentam-te

Pelo desejo. Brancas e suaves tateiam

Teus pelos e só se acalmam com beijos.

Essas que te querem a todo instante

Que te acham infante e se atrelam as tuas.

Essas mãos-asas te libertam, abrem-se

Numa plumagem para que partas, e voltes

Somente se for vontade tua!

Essas mãos que te levam aos céus

Te arrancam gemidos e um choro bendito,

Elevam-se unidas numa prece por ti!

Essas mãos - a tua e a minha,

Sombrarão unidas as veredas

Da vida em voo livre pelo infinito.

Nalva Sol
Enviado por Nalva Sol em 02/12/2018
Reeditado em 03/12/2018
Código do texto: T6517274
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