Por dentro dos teus olhos

ATO I

Acordei, e me deparei sem você aqui

Encontrei na porta da geladeira,

prensado num imã marqueteiro,

um bilhetinho amassado escrito,

com letras tremidas

que antes do nascer do sol

já estaria léguas daqui.

Talvez no alto daquela montanha

Onde num dia bem bonito,

Uma brisa de um vento novamente nos trouxe

Aromas de orquídeas,

Que inundou ao nosso coração,

Os transformando em um grande amor,

Uma grande paixão.

- Adeus, você não importa mais comigo.

ATO II

Oh, preciso de ti, precisas de mim,

Sinto-me me mal por dizeres assim.

Vou até ti, estou indo, estou correndo...

Amada! Vou alcança-la...

Eu corro, tropeço e caio,

Levanto-me, sigo... e me canso

Descanso, pego folego e saio...

Corro por uma trilha sem curvas,

Passo ao lado de um lago,

Um lago raso sem carpas,

Sem nada,

Da sua beira cheia de matos.

E coro e corro e suo!

Ufa!

Agora corro em linha reta,

E me deslumbro

Por ver a minha frente centenas,

De encantadoras azaleias,

Exalando o suave perfume delas.

E corro... e corro,

Agora vou a subir a montanha,

Salto pedras e arbustos,

E o que vejo pegadas no chão;

ATO III

- Oh! São suas meu amor, são suas!

Estou chegando... já a avistei!

Amada! Espere, pare, por favor, eu insisto!

Vem cá, me abraça, e diz que me ama!

- Eu... eu...ei?

Sei que amas, perdoai-me!

Volta comigo!

Estive ausente mesmo presente em sua vida!

Não lhe deixarei faltar os meus beijos ardentes... como esses...

Sentiu?

Tocarei o teu corpo como gostas bem gostoso...

Gostou?

Sorrirei agora como uma flor que se abriu...

sorriu?

Você me ama como antes, sei que me amas!

Porque vejo por dentro dos teus olhos!

ATO IV

- Sim... sim, eu te amo!

Estás sentindo o que estou sentindo?

- Sim,

o mesmo aroma das Orquídeas que a brisa do vento novamente nos trouxe!

Somos amor... Te amo!