Minha Liberdade, Minha Sentença

Quarto vazio

um eco de solidão,

Olhos estáticos

despidos pela ilusão.

Mortas pelo passado,

embalçamados pelo silêncio

Noites agonizando no tempo

unindo medo e sofrimento

Tanto sofrer,

reflexo turvo de um amor

Indiferença ao viver.

Tudo nas mãos

mesmo valor do nada,

encenando no coração

desejos de tua morada

Embebedo-me do fel,

saliva envenenada.

Teu veneno

repousa em mim...

Ultrajando qualquer sentimento

indiferente a tua crença

Te ter, minha liberdade, minha sentença.

Débora Castro
Enviado por Débora Castro em 18/09/2007
Reeditado em 01/10/2007
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