A menina do sorriso estridente II

Eu queria que me notasse.

Uma única e mísera vez.

Eu teria um sorriso escarlate

E você uma vergonha por vez.

Nunca desejei tanto um abraço

Da menina do riso estridente.

Dia após dia me faço palhaço

Para que ela sorria complacente.

Estou esmagando minhas ilusões.

Sofrendo em silencio sobre a mesa

Em dias de expedientes e depressões.

Você vai embora de mais um dia.

E eu tenho a certeza do inevitável:

Isso é só uma poesia do inalterável

Puan Alves
Enviado por Cancuan B Alves em 19/03/2019
Reeditado em 19/03/2019
Código do texto: T6601804
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