A menina do sorriso estridente II
Eu queria que me notasse.
Uma única e mísera vez.
Eu teria um sorriso escarlate
E você uma vergonha por vez.
Nunca desejei tanto um abraço
Da menina do riso estridente.
Dia após dia me faço palhaço
Para que ela sorria complacente.
Estou esmagando minhas ilusões.
Sofrendo em silencio sobre a mesa
Em dias de expedientes e depressões.
Você vai embora de mais um dia.
E eu tenho a certeza do inevitável:
Isso é só uma poesia do inalterável