GOTA DE TINTA
Preciso conceber o que se revela
Por trás desse conjunto de aquarela diáfana.
Esse que expulsa suas cores que pulsam.
Gradações, quadros de pueril alma.
Posso!
Afundar sem o que respirar,
Acometer sem ter o que me socorrer.
Doer-me só para choramingar
Inda assim não a apreenderei.
Inda assim não a moverei.
Posso sim!
Assoviar a brisa
Assoprar a melodia
Abraçar o intangível
Abarcar o planeta.
Mas quero ser pingo
Mera gota de tinta
Na ponta do pincel
Com que colore sua vida