EVIDÊNCIAS

Ainda lembro do sorriso dela.

Daquela menina, mulher madura,

por incrível que pareça inocente.

Passava sempre contente,

jovial e atraente.

Mexia comigo.Lá ficava

disfarçando as evidências.

Respirava malicioso aquela mulher.

Muitas vezes recatada, outras

ousada, atrevida.

Era assim que a queria.

O pensamento voava e ela dentro dele.

Virou meu talismã.

O briquedo mais bonito.

Como poderia ser passatempo

uma jóia preciosa dessa?

Não houve jeito de fazê-la minha.

A difícil criatura foi sumindo

de mansinho, não aceitou minha

proposta de carinho.

Gildete Vieira Sá
Enviado por Gildete Vieira Sá em 24/09/2007
Código do texto: T666163