EVIDÊNCIAS
Ainda lembro do sorriso dela.
Daquela menina, mulher madura,
por incrível que pareça inocente.
Passava sempre contente,
jovial e atraente.
Mexia comigo.Lá ficava
disfarçando as evidências.
Respirava malicioso aquela mulher.
Muitas vezes recatada, outras
ousada, atrevida.
Era assim que a queria.
O pensamento voava e ela dentro dele.
Virou meu talismã.
O briquedo mais bonito.
Como poderia ser passatempo
uma jóia preciosa dessa?
Não houve jeito de fazê-la minha.
A difícil criatura foi sumindo
de mansinho, não aceitou minha
proposta de carinho.