Eis que tu chegas, [ tão lindo ]
com tanto oxigênio, tanta seda, - raiando -,
como um sol infundido dentro da cabeça,
com a sentença de morte às aflições
 
E tudo o quanto me sonhaste, te sonhei
 
Uma harpa à sombra sôfrega dos lábios,
- sem deixar intacto o batom -,
como carícia, fulgor recém chegado,
incendiando à taça do meu silêncio ardente,
no segredo dos dias e das noites
 
A cantar, alegremente cantar, o leite e a vida !
 
[ Um jeito suave e obsessivo de fazer durar ]
- de trazer as ondas imortais do amor
junto à pele terçã do desejo,
de fazer nascerem rios, frutos, primaveras,
milagres tão antigos e tão ferozes,
pra dentro do meu espírito, em candeias .

 






 
DENISE MATOS
Enviado por DENISE MATOS em 07/06/2019
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