MANHÃ DE OUTONO



Era uma manhã,
uma triste manhã de outono,
as folhas secas caindo,
e o céu, cor cinza chumbo.


O chão seco, umidecido
pela densa neblina,
pairava sobre os ares
da cidade e arredores.


Corro até a estação,
vejo o trem partindo,
ao longe vai sumindo,
e meu coração consumindo.


O brilho dos meus olhos,
pela estrada se perdeu,
pois eram iluminados,
pelo brilho dos olhos seus.


Retorno, caminhando devagar,
meu semblante se retrai, 
é constante o abandono,
nessa manhã de outono.


Rosely B. de Souza - 25/09/2007



.