PINGO DE GENTE

Poeta menino,

deseja a lua.

Vaga pela rua,

sem prumo ou destino.

Olhando pro céu,

vigia aquela

divina donzela,

coberta de mel.

No peito carrega

amor infinito,

sublime, bonito,

ingênua entrega.

Aguarda, ansioso,

pelo grande dia.

Menino teimoso,

respira poesia.

Eis que, de repente,

pelo seu caminho,

um pingo de gente

lhe trouxe um carinho.

E hoje, a lua,

mora no passado.

Poeta é amado,

nem lembra da rua.

Téo Diniz
Enviado por Téo Diniz em 18/07/2019
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