O POETA E A MUSA


O poeta,
em suas mãos crispadas
qual um facho de luz em movimento
aclara as misteriosas vibrações dos versos
no universo multiforme para bordar
na própria sombra a imagem do infinito
que circunda nas bordas do seu cantar:
o poetar

Na abstração
está a mágica do labirinto vertida
pelo sonho de conter o clamor do vôo
ao íntimo das horas mais pensadas ao construir
a geometria da beleza
Acorda a musa do sono absoluto com
a força das palavras para mantê-las presa
no seu peito carregado de amor entre as muralhas
do seu reino encantando, forjados na mesma
talha de idênticos desejos
Nada está tão longe que tudo não se alcance
pelo continuo navegar.
Paulo Avila
Enviado por Paulo Avila em 29/09/2007
Reeditado em 29/09/2007
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