Gata perigosa

Dengosa, mimosa e taciturna.

Tão calada, mas tão astuta.

Sabe que me arranha e me assusta,

Com um pequeno beijo na nuca.

Minha gata manhosa,

Porque brinca com as minhas feridas?

Faz-me de um rata inimiga,

Sempre acuada e aturdida.

Faz carinho, e me afasta.

Me dá cheiro, e me desgasta.

Sou uma mera vítima,

das suas garras.

Por isso, entre lambidas e esfoladas,

miados e cantadas,

Busco forças para deixar,

De ser sua caçada.

Elizabete Araújo
Enviado por Elizabete Araújo em 25/10/2019
Código do texto: T6778845
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2019. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.