Caule Verdejante

Teu colo é um vale de desejos

um manancial de imensos veios

onde irrigo com delirantes beijos

as túmidas colinas de teus seios.

Murmuras – tu arfas levemente...

e no entorno de tua derme/ventre

ouso massagear bem docemente

até que a chama de amor adentre.

A existência sem o teu sorriso que seria

(por mais densa, fria que se apresente)?

Sem enrosco do teu corpo, o que faria,

senão vivê-la parcial, tola e falsamente?

O grão da eternidade já foi disseminado.

Entre as mãos, imagino o caule verdejante

de nossa inteira e total responsabilidade

a brotar em nossa vida tão importante.

Rui Paiva
Enviado por Rui Paiva em 06/11/2019
Código do texto: T6788384
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2019. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.