Caule Verdejante
Teu colo é um vale de desejos
um manancial de imensos veios
onde irrigo com delirantes beijos
as túmidas colinas de teus seios.
Murmuras – tu arfas levemente...
e no entorno de tua derme/ventre
ouso massagear bem docemente
até que a chama de amor adentre.
A existência sem o teu sorriso que seria
(por mais densa, fria que se apresente)?
Sem enrosco do teu corpo, o que faria,
senão vivê-la parcial, tola e falsamente?
O grão da eternidade já foi disseminado.
Entre as mãos, imagino o caule verdejante
de nossa inteira e total responsabilidade
a brotar em nossa vida tão importante.